Abril
2015
Mês da Vida
Fluir
Fundir
Florescer
Cara leitora, caro leitor,
convido-te já de início a fazermos em conjunto uma respiração profunda aqui e
agora, bem presentes, bem ancorados e enraizados, pois bem sabes que esta
leitura mensal é uma viagem, uma experiência de consciência.
Tal significa que uma parte de
nós se encontrou nessa dimensão da Plataforma Cristalina da Estrela da Vida e
juntos explorámos potenciais e desafios para essa clarificação e integração ao
longo do que, na 3ª dimensão do tempo linear, chamamos de mês de Abril, por a
energia aí se mover tão lentamente que podemos parar, observar, escolher,
experienciar, integrar… tudo a um ritmo binário, contínuo, dia-noite,
luz-sombra, etc. Eu, tu, o Mestre em nós, o Anjo Dourado, o Eu Divino, a Alma,
como preferires. Nós e a nossa entourage de Seres de Luz a espreitarmos para a
fisicalidade, por entre as dimensões, e a sentir onde nos leva o Sonho. Da
Ascensão nas suas múltiplas facetas, claro.
Então,
respiremos bem fundo, deixemos ir o burburinho exterior, mergulhemos neste
espiralar multidimensional… um banho de clareza e limpidez… que, sim, lá fora,
vai tudo bem denso e peganhento… ;) Inspirando vida… Expirando e reciclando,
transmutando tudo o que for excedentário em nós para ganhar espaço interno e
inspirar mais e mais vida...
Respiremos fundo…
Este texto
chega já com Abril bem avançado, mas ainda bem a tempo de fazeres um balanço e
te prepares para as aventuras grandiosas de Maio. Que Março foi tudo o
prometido: belo e intenso (viste as auroras boreais extraordinárias que
surgiram por alturas do eclipse e equinócio? …), dramático e demente (aqui a
lista poderia ser extrema e tristemente longa, registe-se apenas a queda do
avião no Sul dos Alpes franceses, os avanços e recuos do Boko Haram e Isil,
furacões no Vanuatu (lá tão longe que nem sabias bem que existia), Nova
Zelândia e Austrália, incêndios do Chile, cheias no Peru, um crescente aumento
de tensão geopolítica por sítios a mais, descontentamento social do Brasil a
Espanha, a Frankfurt e à inauguração da sede do Banco Central Europeu, etc …). Como
Jim Self mencionou no seu Planetary
Update de Abril, houve imensos sismos e muita actividade vulcânica mas,
seguindo a tendência dos últimos tempos, não tiveram efeitos catastróficos
revelando a acção amorosa do reino dévico e dos elementais da natureza[1]. E
Abril continuou com o desvario exterior mas uma espécie de acalmia interior
após a Páscoa e esse fim de semana de muita esperança e escolhas renovadas,
muita luz nesse fim de semana de celebração da vida, da Primavera. Eu por mim
direi que desde a fase de equinócio-eclipse-Páscoa, como que me vejo numa fase
de aceleramento de tempo e tudo passa a correr sem eu ter tempo para fazer
metade das coisas. E os sonhos? Magníficos com anjos, mestres ascensos e
aventuras na Nova Terra, mas também ultra-intensos com a mente humana a
debater-se com toda essa informação sensorial e a sentir-se comprimida na sua
realidade cada vez mais restrita.
Aurora de St. Patrick, Donnelly
Creek - Alaska, 17 Março 2015, by
Sebastian Saarloos; Eclipse, 20 de Março, Svalbard, Norway, by Jon Olav Nesvold
O que se
moveu com o eclipse? muita energia desarmónica e registos bem densos a serem
libertados do baixo astral. Sentiste? Mais umas tantas camadas de velha
energia… por meio de tensão exterior em
paralelo com uma irritação e agressividade latente que foi comum a muitos, vinda
nem se sabe de onde, dores estranhas e intensas em pontos incomuns, sonhos
activos, a noite a passar e o acordar ainda com – ou sensação de mais –
cansaço.
Depois
seguiu-se uma fase onde tudo parecia desenrolar-se aceleradamente, mas em
simultâneo e paradoxalmente, com muito lentidão. Como se o dia girasse,
acordar, correr nas tarefas diárias / trabalho e logo deitar, mas como se os
resultados não chegassem…
Mas, pensa comigo, talvez essas
virtudes da lentidão-rappidez no ilusório movimento temporal sejam a razão de
ainda estares (parcialmente) na 3D? para perceberes o que se está a passar
contigo e não achares que veio um furacão energético que põe tudo de pernas para
o ar? Talvez isso aconteça de vez em quando (risos), mas será quando te propões
a dar um salto quântico e acelerar o “processo” ou um “wake up call” da Alma
com mais firmeza?...
Aproximamo-nos do fim do mês e
tudo acelera. Temos aí nos céus uma dança dos astros coincidindo com a chuva de
meteoritos das Liriadas, Plutão-Mercúrio-Marte em Touro, na semana em que tudo
parece estar a acontecer, outra vez: das tragédias previsíveis no Mediterrâneo,
o crescendo de destruição no Iémen, a violência xenófoba na África do Sul,
tensão racial nos EUA no meio de delírio pré-eleitoral (ou será o estado da
política actual?), atentados terroristas evitados pela polícia, as chuvas
diluvianas em Sidney na Austrália, o vulcão em erupção gigantesca no Chile, o
número de casos de violência doméstica-infanticídio-surtos psicóticos
violentos-etc em Portugal, em Espanha e um pouco por todo o lado.
É tempo de respirar fundo.
Pois é uma
época em que relembrar o passado parece estar na ordem do dia. Nitidamente há
energias que buscam resolução, caso evidente na questão do genocídio não
reconhecido de arménios por turcos na 1ª G. M., a questão racial mencionada, os
40 anos sobre o fim da guerra do Vietname, fim da colonização portuguesa e a
questão dos retornados do Ultramar, 40 anos das primeiras eleições democráticas em Portugal.
Celebra-se neste dia 25, dia da Liberdade em Portugal, os 40 anos das primeiras eleições democráticas do país, simbolicamente um ano exactamente após a revolução. Pela primeira vez, o direito de voto tornou-se universal (e com isso a minha mãe, a minha avó, as minhas tias, a minha bisavó, foram votar, tal como a maioria da população a quem ditadura coartara os direitos que a República procurara trazer). Para mim, a imagem da revolução é o Salgueiro Maia desarmado com o lenço branco na mão frente aos tanques do regime; o líder revelado pelo impulso da História, o sonho da liberdade a insuflar-lhe a força e a coragem para saber que muitas vidas já se tinham perdido em África e que naquele dia ninguém mais devia morrer… a entrega à causa e as injustiças posteriores. O 25 de Abril foi o sonho utópico da liberdade na grandeza do gesto daqueles que disseram basta a 40 anos de ditadura e opressão. O depois… são os desafios de aprender a viver a liberdade. Uns só agora, tanto tempo depois, despertam para o sonho, outros a dormir continuam e mais estranho é ver aqueles que parece terem sido parte do sonho vendidos a qualquer outra coisa…
Celebra-se neste dia 25, dia da Liberdade em Portugal, os 40 anos das primeiras eleições democráticas do país, simbolicamente um ano exactamente após a revolução. Pela primeira vez, o direito de voto tornou-se universal (e com isso a minha mãe, a minha avó, as minhas tias, a minha bisavó, foram votar, tal como a maioria da população a quem ditadura coartara os direitos que a República procurara trazer). Para mim, a imagem da revolução é o Salgueiro Maia desarmado com o lenço branco na mão frente aos tanques do regime; o líder revelado pelo impulso da História, o sonho da liberdade a insuflar-lhe a força e a coragem para saber que muitas vidas já se tinham perdido em África e que naquele dia ninguém mais devia morrer… a entrega à causa e as injustiças posteriores. O 25 de Abril foi o sonho utópico da liberdade na grandeza do gesto daqueles que disseram basta a 40 anos de ditadura e opressão. O depois… são os desafios de aprender a viver a liberdade. Uns só agora, tanto tempo depois, despertam para o sonho, outros a dormir continuam e mais estranho é ver aqueles que parece terem sido parte do sonho vendidos a qualquer outra coisa…
Foto José Antunes
“Aquele que na hora
da vitória
Respeitou o vencido
Respeitou o vencido
Aquele
que deu tudo e não pediu a paga
Aquele
que na hora da ganância
Perdeu o apetite
Perdeu o apetite
Aquele
que amou os outros e por isso
Não colaborou com a sua ignorância ou vício
Não colaborou com a sua ignorância ou vício
Aquele
que foi
“Fiel à
palavra dada á ideia tida”
Como antes dele mas também por ele
Como antes dele mas também por ele
Pessoa
disse.”
Sophia
de Mello Breyner Andresen
sobre F. Salgueiro Maia
Pintura de H. Vieira da Silva
Bem…
Abril traz o portal da vida nova.
Em termos de Consciência e download do corpo de Luz, de nova expressão e
abertura dos potenciais de integração multidimensional, não uma repetição
padronizada e ritualizada de cultos de morte e vida além da morte associados à
Páscoa Cristã ou a espera messiânica infinita da Páscoa judaica.
O eclipse lunar total de dia 4 de
Abril, coincidindo com a lua cheia de Páscoa—não vem encerrar a fase iniciada
pelo eclipse de 20 de Março, antes pelo contrário vem amplificar e acelerar as
energias em curso para que comece a ser possível a sua manifestação concreta e
uma certa estabilização de cima para baixo, vulgo das altas frequências para as
realidades mais densas =lentas.
Portal da vida nova pode parecer
fantástico, mas tem as suas nuances de aplicação para seres complexos e de
emaranhamento emocional-mental-psíquico: os humanos. Esses mananciais colossais
de energia em movimento vêm em direcção a nós e vão embater naquilo que estiver
mais à frente: se for clareza, permissão, confiança não há problema, a questão
vem com os aspectos encapuçados de vitimização- falta de auto-estima- vírus e
feeding, etc[2]. É
imprescindível transcender todos esses aspectos para aceder ao novo paradigma.
Repetindo o enunciado nos últimos meses (ver texto de Janeiro): a Casa tem de
estar arrumada e aprumada; já não dá para colocar uma manta a tapar o lixo para
não se ver, a jarra de flores a tapar as manchas do desgaste… A opção é tua, as
bênçãos serão tuas, as complicações também – escolhe.
Vida!
Há algo de extraordinariamente
transcendente no fenómeno da vida, por mais respostas que a ciência ofereça
sobre o tema, sobre como se formam as células, como se multiplicam para criar
órgãos, sangue, ele, ossos, etc. Para já ainda há campo aberto para essa
explicação de como vem a consciência para o ser humano, esse sopro de vida e
individualidade que nem a epigenética, a física quântica e por aí fora
conseguem estruturar e racionalizar. Não que importe para mim.
Encontrei esta imagem abaixo das
células durante o processo da mitose celular.
Puramente mágico. Uma célula
recria-se numa outra idêntica, mas individualizada, e daí em diante. Do micro
ao macrocosmos. O tom verde da fotografia dá o seu toque de algo extraterreno
;) e assim é, pois, na prática, somos massa estelar, oxigénio, carbono,
hidrogénio, nitrogénio, etc na nossa composição química. E sempre mantendo essa
centelha da criação original.
Mitose: publi-matthieu-piel / Crédit photo: Julie Lafaurie-Janvore - Institut Curie
Não por acaso
Adamus veio falar de Criatividade e dons criadores no shoud de 3 de Abril: Kyeper.
Estamos prontos para assumir essa essência de criatividade na nossa vida? Hummmm… Multiplicar essa centelha do divino
em nós, continuamente? Viajantes do tempo numa passagem pela Terra?!...
Sugestão para
reflexão para fechar Abril: Queres mesmo cá estar, este planeta, nesta vida? Viver?
Ou ir andando?
- Já amas o
teu eu humano ou ainda anseias por essa infusão extra-qualquer coisa que te vai
colocar num patamar onde tu amas naturalmente? (é que isso será o “fim”, essa
infusão só ocorre quando tu te estás a amar, tudo o que és na matéria…)
- O que é
viver para ti?
- Quais os
passos da vida que são importantes para ti /ainda há passos da vida na tua
perspectiva?
- És livre no
teu design de vida ou ainda segues acordos pré-estabelecidos, parâmetros
recebidos na infância, “herança kármica”, sociedade, país, continente?
- Como vai a
tua gestão de identidades?
- Estás a
viver a tua Paixão /Kaikho?
- Como vai o
nível de amor por ti mesma/o?...
Tem a coragem
de fazer as perguntas e de aguardar pelas respostas. E sabe que o que tens na
tua realidade passa a ser escolha tua. Até o estar ou o partir desta vida é uma
escolha que pode e deve ser feita em plena consciência. A vantagem de ser
humano na Terra é que se pode sempre recomeçar e recriar.
Eu escolhi que Abril seria para
mim mês do renascimento e tal trouxe alguns aceleramentos e abrandamentos não
planeados, caso deste texto. Renascimento para mais uma fase de integração do
corpo de luz, para ser mais e mais quem eu realmente Sou. Carinho e compaixão
para com o meu eu humano, o corpo físico, os meus aspectos, o meu próprio
ritmo. E tal é o que mais posso aconselhar quando vem aquele momento da
reconfiguração, embora para cada um seja diferente.
Na natureza tudo ganha mais vida.
As árvores ganham novos cambiantes de verde, as flores abrem-se à luz, os
animais e humanos saem das “tocas” e espreguiçam-se ao sol. Tudo a florescer.
Tudo com mais cor. Tudo cheio de vida. Criar e recriar.
A vida, a criação acontece no
presente.
Abril pode
ser o mês do adeus ao passado.
E o “Depois do Adeus”[3]
pode ser o que tu escolheres na liberdade da tua presença consciente.
Respirando fundo…
... já hoje na Nova Terra
Kauai no Havai
Eu Sou
Patrícia Almeida
& Cª
Na
Estrela da Vida Estrela da Aurora
e nos
reinos cristalinos
2015.04.24
[1] Recomendo ouvir Jim Self no que ele tem a dizer sobre a
questão financeira, o fim do monopólio do dólar no plano global. Vídeo no
Youtube em: Mastering Alchemy ou directamente nesse site (.com)
[3] Nome de canção que foi a primeira senha da revolução, a segunda senha a icónica “Grândola Vila Morena”.
Podes divulgar este texto
desde que mantenhas a referência ao autor ©Patrícia Almeida, ao blog
estreladavida.estreladaaurora.blogspot.com e sites www.aureasoulbreath.com e www.osilenciodamontanha.com