segunda-feira, 2 de julho de 2012

Reflexão do Mês - Julho - Mês da gratidão

 
                   Julho
                           Mês da Gratidão

      Mês do Desvelar de Maya
      Além do tempo  
Mais um mês extraordinário neste ano de 2012! O trânsito de Vénus no início de Junho trouxe algo de maravilhoso: um abraço, um afago da alma, uma alegria imensa e inexplicável e espero que a todos vós, caros leitores, também tenha chegado de algum modo esta onda amorosa. Renovação, reconfiguração, renascimento e abertura estão na ordem do dia. Estás a apanhar a onda?
         
Vénus alinhou-se com o planeta Terra e Gaia fez uma celebração de vida! Plêiades e o Sol Central (“administrativo”) da galáxia alinharam-se igualmente enviando o seu impulso de luz e libertando muitos registos, muitos aspectos que têm estado como que confinados nas suas realidades… 

Houve movimentos sísmicos mais relevantes na falha do Atlântico – Açores -, junto ao Algarve e em Freixo de Espada-a-Cinta em terras lusas. Tal como se previa, o mundo das finanças retraiu-se e andam todos a fazer contas à vida; aliás, foi interessante observar os políticos a correr de um lado para o outro a tentar salvar tudo à última hora e é também interessante como agora a palavra chave é já crescimento e não austeridade, mais que não seja para dar esperança às massas enquanto as mentes brilhantes borbulham por soluções que - agora sim - terão de ser criativas e inovadoras. O campeonato europeu de futebol manteve as pessoas distraídas durante um mês, projectando sonhos numa vitória que nunca chega qual fado nacional a par do regresso das brumas de D. Sebastião… ;) No Brasil, o encontro pela Terra, sustentabilidade e biodiversidade ficou pelas boas intenções, mas mais e mais pessoas se questionam sobre como se deixaram chegar a este ponto onde tudo parece estar em ruptura e começam a erguer a sua voz, embora ao princípio nada pareça ter consequência do ponto de vista executivo, é um impulso para a transformação. Quando as massas acordam, quando o questionar individual chega, é como sair de um marasmo e atavismo que nem se sabia que aí estava e tal gera perplexidade e desconforto interno; ora, essa perplexidade pode gerar estado de choque e deixar as pessoas inactivas ou, pelo contrário, em revolta / drama / energia de vítima sem perceberem que foram elas que votaram nos políticos, que se calaram perante a corrupção e o facilitismo, pelo laissez faire, laisse passer deturpado, que foram no andando e vamos vendo, esperando sempre acção salvífica vinda de algum lado fosse da Europa, da ONU, de Deus, deste ou daquele sem terem de contribuir com nada para o assunto. Alguns insistem ainda na guerra e metem a cabeça na areia como a avestruz para ver se os ventos da mudança não lhes chegam, agarrando-se com pés e dentes a um passado que já não é como é o cado da Síria, num limbo de desvario e escalada eminente ao espicaçar a Turquia: são histórias muito antigas que se jogam, alianças obsoletas, posturas onde a vida humana ainda não é honrada e é carne para canhão como outrora nos tempos de senhores e servos…


 Bem, Junho trouxe-nos ainda nuvens azuis, num fenómeno crescente e em expansão a sul do polo Norte como nunca antes visto[1]. Junho trouxe ainda a alquimia do fogo e da água: só nos estados Unidos contam-se as cheias derivadas das tempestades tropicais na Flórida e estados vizinhos, bem como os incêndios gigantescos do Colorado, por exemplo. Nós por cá continuamos nas oscilações de temperatura deste recém-chegado Verão que continua de Primavera aqui para norte. Ah… o solstício! Que belas energias se expressam por estes dias! Kuthumi veio lembrar como tudo corre melhor se levamos a vida com um sorriso e nos atrevemos a confiar e a brincar com as energias; Merlin veio desafiar a usar este manancial imenso de energia ao nosso dispor, Sanat Kumara veio perguntar se estás pronto para vir como um mestre e expressar a tua soberania. E, sim, para celebrar o solstício um sinal de mudança: no meio do caos urbano os ventos da diferença estão aí com centenas de pessoas a ocupar a emblemática Times Square na Broadway em Nova Iorque[2] para um dia de yoga! O final de Junho trouxe novas activações cristalinas desta feita no Monte Shasta, Califórnia, com um novo eclipse (parcial) do outro lado do Atlântico e o sol continua em ebulição entrevendo-se um verão energeticamente quente. 
 
Imagem www.space.weather.com  -  30 de Junho                                                   photoblog.msnbc.msn.com – 20 de Junho
 
Então, e Julho? Podemos contar com um aceleramento de tudo o que se tem falado nos últimos meses. Passamos para velocidade concorde ou TGV se preferirem. Cada vez mais intenso, cada vez mais rápido… como um tornado que passa e só deixa de pé o que tiver bons alicerces ou for flexível como o bambu (lembram-se de falarmos das raízes no mês passado? Espero que tenham praticado e que seja já algo natural). E por isso o factor tempo é fundamental. Ou melhor dizendo a percepção linear de tempo.

A onda que se libertou com os movimentos solares e planetários, com eclipses e afins afectando todo o campo electromagnético que, já viramos como sendo relacionados com os aspectos emocional e mental[3], está assim a trazer toda essa energia ao de cima. Muitos têm tido sonhos fora do comum e/ou pesadelos com perseguições, com prisões, com situações de sofrimento ou desgosto. Muitos têm tido percepções de presenças desconfortáveis, de espaços que dão um arrepio que tira a alegria, de encontrar alguém ou apenas passar na rua e ver alguém a ter um comportamento ou conversa irracional sem que se esteja a dar conta. Muitos têm lembranças de acontecimentos do passado, da infância e juventude, avivam-se feridas, reencontram-se pessoas o passado. Adamus falou das energias de separação que antecedem a unidade, esse depuramento final[4] e também falou há poucos meses do tubo da realidade[5]. Julho é o mês em que o tubo parece misturar-se com outros tubos que estavam ali ao lado como que em realidades paralelas. Não deixam de ser “tubos” e de ter confinamento associado, mas o que se passa é que agora está-se a viver muita coisa em simultâneo… Aquelas partes de nós que mantínhamos no mundo das fantasias, no mundo das dores e sofrimento, no mundo dos sonhos e pesadelos, no mundo das insatisfações, no mundo das vinganças camufladas e declaradas, no mundo dos ódios e das raivas como se não nos pertencessem estão aí agora. Isto se ainda não fizeste o trabalhinho de casa ou se o tens feito a passinho de bebé.

Os véus separadores das diversas realidades astrais diluem-se. Os véus de separação de Maya – na versão hindu -, os véus de Ísis - na tradição egípcia -, os véus da ilusão estão a dissolver-se na onda cósmica de luz onde tempo e espaço não têm qualquer significado. Na realidade física tridimensional tempo e espaço, mente e razão existem para um enquadramento específico, para permitir uma série de experiências que no avançar para realidades qualificadas de 4D, 5D já não apresentam os mesmos parâmetros. 

"O tempo não é de maneira alguma o que parece ser.
Ele não flui em um único sentido,
e o futuro existe simultaneamente com o passado."
Albert Einstein (1879-1955), físico
 Ao libertarmos o nosso passado, as nossas histórias, as nossas crenças, as nossas programações, ao deixarmo-nos viver no Agora, experimentando e criando a cada instante – reinventando-nos a cada dia -, o passado tem pouco ou nenhum peso sobre nós (quando muito as lições, as experiências) e o futuro é uma construção do Agora. Aliás, cada vez que retiras o peso do estigma do trauma, das dores, dos complexos, às tuas memórias, aos teus aspectos passados, cada vez que entras em aceitação ou em transmutação/alquimia, estás a transformá-lo e o que então ficou preso e emperrado em ti, o que ficou por experienciar liberta-se e o tu futuro tem assim novos potenciais, novas cores. Lá dizia Tobias que o futuro é o passado curado. Então tudo é uma viagem de consciência. E todos estão a ser chamados a esta viagem, quer o estejam a sentir quer não.

Os tubos a tocarem-se… ou talvez a encaixarem-se num só… É como deixar de ter a noção clara de quando se está a sonhar e quando se está acordado. É olhar para o relógio e o tempo ter passado num ápice sem que se tenha dado conta. É o andar cansado de rastos porque não se parece ter tempo para nada. Ora o tempo está intimamente associado com a mente e com e necessidade de estruturas, de pontos de referência… Se estás em busca de um mundo novo, de vida nova e estás a libertar o passado, lá se vão as ancoras, as estruturas: os teus alicerces agora são na tua consciência, na tua alma, na tua Essência, movem-se na Nova Energia, no Agora, és um Viajante do tempo pois sabes que nada te condiciona, que nada te limita! Que nesta realidade te é útil ter esses parâmetros de referência, mas que não te restringes a eles: És multidimensional! Vives em várias dimensões em simultâneo, crias as tuas dimensões, viajas entre as dimensões e nada te prende, pois já fizeste, estás a fazer, irás começar ;) essa purificação e transmutação dos teus grilhões de formas-pensamento, de emoções mal resolvidas, de sistemas do passado.


Para lá da superfície, para cima e para baixo, dentro e fora, muito há para lá do que vês e acreditas existir. Por isso a imagem inicial da gruta paradisíaca sob o poço. Não são apenas as realidades sombreadas da tua consciência que estão a vir ao encontro do teu pulsar, do teu respirar. Essas realidades harmoniosas, para lá das concepções da tua mente, também estão a vir até ti. Claro que é quanto mais deixas de ignorar as primeiras que consegues arranjar “espaço” interno para sentir as segundas. Os templos de luz, os mundos etéricos também estão a chegar. A Nova Terra está já aí.

O eu divino vem tocar o eu humano. A tua alma, a tua Essência vem para fazer parte da tua vida, num só pulsar, um só respirar. Este é o momento do Reencontro.


Julho é o mês do aceleramento do dissolver interno e profundo dos véus. É como um sopro que vem e deixa ver novas divisões dentro de casa, umas cheias de aranhas, pó, entulho e bicharada, outras cheias de beleza, abundância, doces fragâncias, criatividade, clareza. 

Quanto mais Luz há na tua vida mais sentes, vês, cheiras, saboreias (ou não), escutas essas novas “divisões” dentro de ti. A Luz deixa ver melhor a bicharada que estava camuflada nos cantos e a necessidade de uma faxina. Ora se isso está a acontecer à escala individual e colectiva, há muita gente a ficar aterrada com a sua fobia (até aí desconhecida) à bicharada e com o sentimento de que não sabem, não conseguem, são pequeninos para sair da situação andando às turras contra as paredes em busca da saída… O corpo clama por atenção e por que te decidas a libertar essas energias, mas como tu já te entupiste tanto, já nem acreditas que o corpo tenha sabedoria para se auto-regenerar, ainda te estás a densificar mais.

Que fazer em Julho? Renovar a relação de confiança – amor – gratidão com o corpo e assim com a realidade física.

Gratidão? Sim. Os olhos da gratidão implicam um valorizar do que é realmente importante em nós, de tudo o que já temos, é um relativizar de tanta coisa na vida, pois se vivemos uma relação de gratidão com tudo o que existe estamos a libertar-nos de juízos de valor, de julgamentos, de vidas de exigências, de quantificação, … É um conselho que te dou: vive em gratidão, dá graças pelo que tens na tua vida mesmo que te pareça que não tens tudo o que precisas, que estás a perder direitos e regalias adquiridas e que o teu corpo está em luta contigo… O valorizar o que tens, mesmo que aparentemente tudo esteja a entrar em colapso, vai sintonizar-te com energias de valorização… A gratidão é frequência de abundância e não de escassez…

Oferece-te gratidão. Oferece-te respeito por ti mesmo. Podes ser despojado/a de tudo (o exterior) mas podes manter a tua riqueza interior. E com ela criar algo radicalmente novo: a verdadeira abundância.

Oferece-te gratidão. Oferece-te momentos em que podes saborear bem-estar e amor por ti. Nem que seja um momento de paz, de contemplação, 5 minutos de paragem no meio da correria do dia a dia, o observar a árvore que se vê pela janela, as tarefas dos pássaros ali perto, o passar das nuvens em formas sempre em mutação, um momento de carícia, um fruto ou um doce só para ti porque tu mereces…

Oferece-te gratidão. Honra e o teu corpo dá-lhe o que ele precisa: alimentos vivos e nutritivos, gostosos e deliciosos também – mas fá-lo conscientemente -; dá-lhe exercício para manter as energias em movimento, nem que seja uma caminhada.

Oferece-te gratidão. Experimenta agradecer até pelas situações que possas considerar injustas, desequilibradas na tua vida. Dá-te a oportunidade de as transformar. Mesmo que seja o chefe implicativo, o trabalho sem interesse e cansativo só porque permite um salário, os filhos nas suas fases, o autocarro atulhado de gente malcriada e abusadora que te cansa, a amiga que só te telefona para despejar o “saco” das suas misérias e não está nem aí para ouvir as tuas… Tira o peso a essas pessoas, a essas situações, às obrigações com um “sou grato/a por te ter na minha vida”. Não é preciso entrares numa reflexão de porque está na tua vida, mas procura libertar-te de qualquer visão de peso, castigo, … Experimenta fazê-lo neste mês de Julho.

E até vais conseguir encontrar e enumerar todos os dias 5 coisas belas que viste, sentiste. 5 coisas belas! Se calhar até mais que isso, mas pelo menos 5!

A gratidão é sentimento de alta frequência. Permite-te ir além das emoções pequeninas. As pessoas tornaram-se bastante ingratas nos dias de hoje, tomam tudo como garantido, como obrigações e direitos. Se estiveres a reparar, a energia até mudou quando começamos a abordar estes assuntos. Vamos mudar este ponto que é tão simples… Ver a beleza do mundo e aquela que existe no nosso mundo, na nossa vida, o que é realmente importante para nós e o que é supérfluo, ou circunstâncias da vida que não nos pertencem, apenas se cruzam connosco, mesmo que esteja a ser todos os dias…

Aprender a ver a beleza do mundo dissolve os véus da consciência, faz-te sonhar.

Respira essa beleza e deixa-a plasmar na tua vida, que seja mais presente, mais constante. Usa a tua criatividade, a tua imaginação para buscar novas soluções e, mesmo que pareçam pouco palpáveis, irreais, brinca com elas e assim te permitirás começar a manifestar os desejos da alma até que se possam concretizar.

Aí estás a ir além do tubo da realidade, do tempo linear, a expandir-te mais além. Não pares de sonhar, de projectar. Estar no Agora é ser criativo e criador. Lembro de novo que a energia é literal e que o viver no “amanhã se verá” faz com que chegues ao amanhã e não tenhas lá nada pois nada criaste… o mesmo com “o vamos andando e vamos vendo”. Dá o teu melhor a cada dia e espalha as tuas graças, as tuas bênçãos pelo teu passado, pelo teu hoje, pelo teu amanhã. Isso é ser livre! É não estar preso no que foi, nem no que será, mas em renovação permanente. Reinventa-te dia a dia.
E, quando sentires que o tempo passa por ti a correr, que um turbilhão de energias, de emoções d e pensamentos te invadem vindos do nada, lembra-te das tuas raízes, de fazer uma respiração profunda e que tu não és o turbilhão, és essa respiração de alma, paz e gratidão.

Em 2012 tudo está em aceleramento. O que escolhes?

Fica em paz

Eu Sou
Patrícia Almeida
& Cª

Podes divulgar este texto desde que mantenhas a referência ao autor Patrícia Almeida, ao blog e site estreladavida.estreladaaurora.blogspot.com e www.osilenciodamontanha.com

A inaugurar a Escola do Despertar neste mês de Julho para contigo partilhar a beleza destes novos tempos e o desvelar dos teus potenciais mais elevados. :-)

Ficheiro pdf aqui